segunda-feira, 18 de abril de 2011

PREMONIÇÃO - Felipe Salomão


A Doutrina Espírita ensina que o ser humano é um conjunto de três elementos: O espírito que é a essência do ser, pensante e preexistente; o perispírito, que é o envoltório do espírito; e a parte mais exterior que é o corpo físico, ou soma como o chamavam os gregos.

A ligação entre o espírito e o corpo físico se faz por intermédio do perispírito que a ele se liga por laços fluídicos, molécula a molécula.
 
Quando dormimos há um relaxamento desses laços e o espírito ganha relativa liberdade.
Os sonhos são , em grande porcentagem, impressões recebidas por ele  nas suas experiências extracorporais. Não quer dizer que não haja sonhos provocados por impressões unicamente psicológicas. Claro que há! No entanto, o sonho verdadeiro é o resultado do relativo desprendimento dos laços perispirituais permitindo ao espírito visitar o mundo espiritual, de acordo com o seu nível evolutivo, e realizar desejos, aspirações mais íntimas.
Quando está no mundo espiritual, ainda que vinculado a um corpo do qual não se desprendeu totalmente, o espírito passa a vivenciar uma realidade que foge ao binário espaço-tempo. 
Poderiamos dizer que está num estado atemporal. Nestas circunstâncias especialmente livre do tempo o espírito pode ter sonhos que, do ponto de vista humano, estão no futuro. 
São as chamadas premonições.
Este fato é que explica como determinadas pessoas anteveem fatos que vão se dar no futuro, às vezes, anos depois. É que fugindo aos condicionamentos do espaço-tempo o espírito assenhora-se de possibilidades que o corpo material o impede de perceber.
 
Evidentemente que esses sonhos não ocorrem sempre que dormimos, nem com todas as pessoas. São ocorrências ocasionais, excepcionais e que objetivam o progresso , o avanço moral do espírito encarnado.
 
Como maior exemplo de premonição, podemos citar o sonho do Faraó, esclarecido por José, quando esteve prisioneiro dos egípcios.
Foi na decifração do sonho das sete vacas gordas e das sete vacas magras que ele conquistou a confiança do Faraó, permitindo ao Egito estabelecer a hegemonia sobre o povo daquela região. 
E o previsto se realizou.
Vieram anos de fartura (vacas gordas) e o Faraó determinou que se fizesse a compra de todo o trigo que se pudesse armazenar.
Chegaram os anos de carência (vacas magras) e o Egito passou a exercer poder determinante sobre os demais povos porquanto possuia o alimento estocado. 
Tudo se realizou como o Faraó sonhara e como José decifrara.
 
Na galeria dos videntes, há um que se tornou famoso por previsões chamadas Centúrias. Trata-se de Michel de Nostradamus, médico e filósofo francês.
 
Conta-se que um amigo do vidente, querendo testar seus dons, perguntou-lhe:
- Qual o destino dos leitões de que era possuidor. 
Ele respondeu: - O branco será comido pelos lobos e o preto será servido no jantar.
O amigo, resolveu, então, contrariar a previsão do famoso vidente e mandou preparar o leitão branco para o jantar. Enquanto trabalhava na preparação, o cozinheiro se distraiu e os lobos comeram o leitão. Temeroso  de não ter o que servir no jantar , o cozinheiro sacrificou o leitão preto e o serviu no jantar aos convivas do seu patrão. 
Exatamente como previra Nostradamus. Dizem os árabes 'Maktub'! (estava escrito).

FELIPE SALOMÃO  -  Diretor do Instituto de DivulgaçãoEspírita de Franca (IDEFRAN) - por Marelê

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