sábado, 11 de junho de 2011

LIVRO DIDÁTICO POLÊMICO NAS ESCOLAS ENSINA COM ERROS: Discussão antiga.


Distribuído pelo MEC, através do Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos, a 484.195 alunos de 4.236 escolas brasileiras, o livro Por uma Vida Melhor (Coleção Viver, aprender), de Heloísa Ramos, retoma uma velha discussão: afinal, existe “certo” e “errado” quando o assunto é o idioma?
O motivo da polêmica está no primeiro capítulo da obra, que aborda o tema “Escrever é diferente de falar”.
Se você quiser conhecer o polêmico capítulo na íntegra, visite este site na internet:   
http://www.advivo.com.br/sites/default/files/documentos/v6cap1.pdf

Discussão antiga: A polêmica entre o falar certo X errado, não é de hoje.
Em 1925, o poeta Oswald de Andrade escreveu as seguintes poesias:

Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
O gramático
Os negros discutiam
Que o cavalo sipantou
Mas o que mais sabia
Disse que era
Sipantarrou.

O capoeira
— Qué apanhá sordado?
— O quê?
— Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
Erro de português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

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