quarta-feira, 9 de maio de 2012

RETIRO – Por Suelyton Vieira de Melo.


Quando o mar, meu confidente,
Empresta o sal à brisa da manhã.
Eu deixo passos na areia

Quando a brisa, minha companheira,
Provoca o vai-e-vem das ondas.
Eu miro o sol que brilha sobre nós                                                                                  
Quando o sol, meu defensor,
Mergulha em nuvens para não me enrubescer
Eu sinto o véu de água sob os pés

Quando a água, minha namorada,
Alisa a areia provocando espuma
Eu mudo a trajetória evitando as ondas

Quando a areia, minha delatora,
Revela o novo rumo que tomei
Eu busco segurança sobre as pedras

E quando as pedras, meros figurantes,
Acatam os golpes das ondas do mar

Eu deito e fico contemplando as nuvens.  

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