No princípio eu era a Eva
Nascida para a felicidade de
Adão.
E meu paraíso tornou-se trevas.
Porque ousei libertação.
Mais tarde fui Maria.
Meu pecado redimiria.
Dando à luz aquele que traria a
salvação.
Ma isso não bastaria.
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia.
A mulher de verdade.
Para a sociedade.
Não tinha a menor vaidade.
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade.
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha.
Sou pai, mãe, arrimo de família.
Sou caminhoneira, taxista,
piloto de avião.
Policial feminina, operária em
construção.
Ao mundo peço licença.
Para atuar onde quiser.
Meu sobrenome é competência.
O meu nome é Mulher!
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