Já se foi o tempo
em que os brasileiros colonizados por Portugal se indignaram com a cobrança de
altos impostos equivalente a 20% (vinte por cento) de tudo produzido, por isso
recebeu a pecha pejorativa de “O Quinto dos Infernos”.
Atualmente, em
face da alta carga tributária, obrigatoriamente (imposto, o nome diz tudo) recolhemos
aos cofres públicos vários, todos incidentes sobre as mais diversas cobranças
com suas intermináveis siglas e denominações (são impostos, taxas,
contribuições) a tal ponto que os 20% (o quinto) cobrado na época do império
causa inveja.
Diariamente somos
vítimas de planejadores que estudam maneiras vis de nos tomarem parte da paga
amealhada com o esforço do nosso trabalho ou bens. Em breve, além da incidência
sobre água, energia, alimento, bens, serviços e materiais de qualquer natureza,
restam apenas se taxar sobre o ar que respiramos, mas possivelmente está em
estudo.
Hoje, quinta -
feira 15/05 considero por analogia a “Quinta dos Infernos”. Através dos
noticiários, internet e redes sociais, foram invadidos por imagens e vídeos
relatando os covardes saques, roubos e o extremo vandalismo quando a bandidagem
decretou feriado no comércio, escolas, bancos e instituições na capital Recife
e em menores cidades pelo interior pernambucano, em Abreu e Lima esborrou
selvageria e a ampla e sufocante sensação de insegurança por todo estado em
decorrência da greve deflagrada pela Polícia e Bombeiros Militares, embora saibamos
que alguns aguardam apenas uma oportunidade e ela surgiu...
As autoridades
repetem a Lei de Greve que ampara a proibição destes profissionais de lutarem
por melhores salários e baseado nesta lei, rapidamente um juiz julga a greve
ilegal e determina pesada multa pelo descumprimento. Até entendo que por se
tratar de categoria que, na sua ausência, a prevenção e repressão aos crimes e
a ordem pública provocam o caos instalado. A população atônita assiste a
desordem reinante, porém em contra partida, as autoridades não poderiam jamais
deixar chegar a esse ponto. Existe no legislativo dormindo há muito tempo a PEC
300 que cria o piso nacional para a categoria, que evitaria, mas que até hoje
não houve tempo ou vontade de ser votada e aprovada.
Voltando aos
impostos, os policiais militares, parte de toda população, também estão
expostos às dificuldades de moradia, insegurança e no sustento de suas famílias.
O episódio me fez lembrar o fato histórico do “quinto” e da “quinta” dos
infernos vivido pelos pernambucanos no passado e no presente.
Bom Jardim – PE quinta – feira 15 de maio de 2014.
Bom Jardim – PE quinta – feira 15 de maio de 2014.
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