E se eu
disser que te amo - assim, de cara,
sem mais
delonga ou tímidos rodeios,
sem nem
saber se a confissão te enfara
ou se te
apraz o emprego de tais meios?
E se eu
disser que sonho com teus seios,
teu
ventre, tuas coxas, tua clara
maneira
de sorrir, os lábios cheios
da luz
que escorre de uma estrela rara?
E se eu
disser que à noite não consigo
sequer
adormecer porque me agarro
à imagem
que de ti em vão persigo?
Pois eis
que o digo, amor. E logo esbarro
em tua
ausência - essa lâmina exata
que me
penetra e fere e sangra e mata.

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